Parte 1
A nova série da Nextflix “Live to 100: Secrets of the Blue Zones”, em tradução literal: “Viva até os 100: Segredos das Zonas Azuis” revela os segredos das pessoas que vivem até os 100 anos ou mais.
As “Blue Zones” (zonas azuis) são regiões do mundo onde as pessoas têm uma expectativa de vida excepcionalmente longa e desfrutam de uma boa saúde ao longo de suas vidas. Essas áreas são conhecidas por terem uma alta concentração de centenários e pessoas que vivem uma vida ativa e saudável até idades avançadas. O termo “Blue Zones” ficou conhecido após ser usado pelo escritor e pesquisador Dan Buettner, que estudou essas regiões e publicou suas descobertas em vários livros e documentários.
Após assistir o primeiro episódeo da série, senti muito atraída pelo tema que claro que começei a pesquisar sobre o impacto dos hábitos mostrados na série no organismo, mais precisamente claro, o meu tema favorito, microbiota intestinal.
No primeiro episódio, Dan Buettner entra no mundo mágico de Okinawa, uma ilha localizada no Japão. Esta ilha tem uma das maiores proporções de centenários do mundo. A dieta tradicional de Okinawa é rica em vegetais, peixes e alimentos com baixas calorias, e a prática de atividades físicas e a conexão com a comunidade desempenham um papel importante.
Aparte dos hábitos peculiares observados por Dan, os quais podemos destacar
- Ausência de móveis tradicionais: A falta de cadeiras, mesas e sofás tradicionais da cultura ocidental, devido à cultura do “tatami” tem influencia direta na manutenção da atividade física das pessoas, as quais precisam se abaixar/levantar várias vezes ao dia. Deste modo elas estão fazendo agachamentos periódicos e alongamentos que garantem o corpo em movimento.
- Roda de amigos: a presença assídua em grupos de confraternzação de famílias e amigos faem tão bem quanto qualquer alimentação saudável.
- IKIGAI: é um conceito japonês que se refere a uma razão de viver, um propósito de vida, ou aquilo que dá significado e satisfação à existência de uma pessoa. Por isso, mesmo após se aposentar, elas seguem tendo um propósito, um motivo para continuar vivendo e não estar no modo automático e estresse do dia-a-dia.
- Hara Hachi Bu: Em japonês quer dizer Estomago oito em dez. Para simpificar significa que na culinária e alimentação, deve-se parar de comer quando se sentires 80% satisfeito. Ou seja coma o sufuciente.
Após explicar esses hábitos seque o meu foco neste post. Quer salientar uma característica na dieta das pessoas de Okinawa que deve peculiar atenção.
A batata-doce roxa!
Esse tuberculo possui composição semelhante à da batata-doce comum, mas ela contém antocianinas, que são pigmentos naturais responsáveis pela cor roxa. Além de uma maior quantidade de fibras (o dobro de fibras em gramas quando comparado com a batata normal). Veja nesta tabela da FDA (Food and Drud Administration) dos EUA.[1]
É dito que a batata-doce de Okinawa possui 150 por cento mais antioxidantes do que os mirtilos. Os antioxidantes ajudam a proteger contra doenças cardiovasculares e câncer. Elas contêm o dobro do valor diário recomendado de vitamina A, a metade do valor diário recomendado de vitamina C, além de vitamina B6, ferro, fibra dietética e potássio. Enquanto as batatas roxas oferecem um tesouro de nutrientes que combatem doenças, o destaque herói da saúde é o conteúdo de antioxidantes poderosos ligados à redução da inflamação, o que ajuda a melhorar a pressão arterial, a saúde geral do coração e pode ajudar a inibir o crescimento de certas células cancerígenas. [2],[3].
Agora que já sabes os benefícios da batata doce roxa e dos segredos de Okinawa de viver 100 anos, me conta quais habitos vais mudar a partir de agora?
Se você não sabe por onde começar em cuidar do seu microbioma veja aqui as minhas 5 dicas.
Referências:
[1] https://www.fda.gov/media/76882/download
[2] https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0955286316303795
[3] https://ift.onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1111/1541-4337.12836
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